O que você deseja para a sua carreira profissional nos próximos 5 anos?
Essa pergunta foi feita a mim pelo Rafael Miranda, em 2015, em um dos encontros one-on-one. Ao longo dos 5 anos que sucederam essa ocasião, eu não me esqueci do objetivo que havia traçado para mim, embora por algumas vezes eu tenha analisado propostas e realizado ações que fossem em outras direções, e tudo bem (eu não quero aqui focar na minha resposta, conquista ou insucesso, mas olhar para o centro dessa questão).
O ambiente caótico que vivemos, a ilusão de que devemos ser multitarefa, as múltiplas variáveis que não temos controle e as necessidades de atingir metas e expectativas nos levam para uma situação muito mais complexa do que qualquer linha de código.
Atualmente, como líder de um time de tecnologia, eu preciso acompanhar as soluções que são desenvolvidas, principalmente as mais complexas. Entretanto, tenho notado que o meu maior desafio é manter cada membro do time em movimento, respeitando o ritmo de cada um, visando atingir não apenas os objetivos de negócio, mas também os seus objetivos pessoais.
Isto porque sem um alinhamento de propósitos, dificilmente teremos entregas de qualidade, pessoas felizes e carreiras em evolução. Então, compartilhei com o time um Plano de Desenvolvimento Individual formado por:
- Um objetivo que responde a pergunta inicial, mas em um espaço de tempo de 6 meses;
- 3 a 4 resultados mensuráveis que, sendo alcançados, contemplem o objetivo;
- Uma cadência semanal de análise desses resultados.
Toda a complexidade das demandas do dia a dia, muitas vezes, nos direciona para o modo “piloto automático” de nossas vidas, seja quanto a carreira profissional, rotina e práticas alimentares e de exercícios físicos, por exemplo, dentre outros. E se não pensarmos sobre os temas importantes que nos afetam, dificilmente alguém o fará por nós.
Pensando nisso, independente do quão alinhados esses objetivos pessoais estejam com os objetivos do time, a cada 45 dias eu me reúno com cada membro da equipe, oferecendo um espaço para essa reflexão e perguntando: “como eu posso ajudá-lo?”
Tem sido uma jornada incrível.