Reuniões híbridas definitivamente não funcionam

18/08/2020 | Escrito por Márcio Sena
#Reuniões#Presenciais#Remotas#Híbridas#Home Office#Trabalho Remoto

Este ano completei cinco anos de trabalho remoto. Sim, já se passaram cinco longos anos desde que dei o "salto de fé" para trabalhar “das minhas casas”, já que mudei bastante nesse intervalo de tempo.

Durante esse período, participei de pelo menos três dezenas de times remotos formados por analistas, desenvolvedores e designers em projetos incríveis e outros não muito desafiadores. A maioria deles foi como membro da HE:labs/Impulso e essa experiência me encoraja a afirmar algumas ideias. Uma delas é: reuniões híbridas, definitivamente, não funcionam.

A minha última experiência com esse modelo de encontro, onde parte dos integrantes estão remotos e outra parte, presenciais, foi em uma grande empresa nacional em que estive alocado por sete meses na construção de um app. Certamente, a cultura da empresa ainda não era focada no trabalho remoto e, apesar de ouvirem bastante os nossos feedbacks, muitos dos problemas foram originados nessas reuniões.

1 - A importância da expressão facial

Por mais que seja possível ver todos os integrantes do grupo através da tela, dificilmente será possível visualizar a expressão facial das pessoas em uma chamada híbrida. Pode parecer uma coisa simples, mas a expressão que fazemos a cada frase dita ou ouvida diz muito sobre o que estamos de fato pensando. Muitas vezes a intenção do que foi dito não fica clara pelas palavras, mas, sim, pelo semblante. Ver de perto as alterações na face de cada um a cada assunto debatido é fundamental para a transparência e a interação entre os participantes.

2 - O isolamento de participantes remotos

Embora todos os dias nasça listas e listas de vantagens e desvantagens sobre home office e trabalho presencial, a comunicação em cada uma das modalidades é completamente diferente - e não estou falando de qualidade, pois ambas podem ser ruins ou excelentes, mas de características mesmo. Uma pessoa remota não conseguirá se comunicar claramente com um grupo presencial a não ser que ela seja o ponto central da reunião, além de não conseguir captar partes importantes dos encontros, que são as conversas paralelas e as expressões faciais, como ditas no tópico anterior.

3 - A dor dói em todo mundo

Apesar da clara evolução das ferramentas de transmissão de vídeo, durante uma call podemos enfrentar vários problemas como conexão e dificuldade em apresentar uma anotação para todos os participantes. Se todos estão remotos todos terão a mesma dificuldade e encontrarão melhores soluções do que apenas uma pessoa passando pela limitação que possa existir.

Concluindo

Por esses e outros motivos que sempre fazemos calls como todos em suas estações de trabalho, assim temos um fluxo igual de captação e transmissão de ideias entre todos os participantes. Temos a certeza que todas as pessoas envolvidas em uma reunião são importantes e podem opinar, logo não faz sentido restringir parte da informação de uma pessoa.

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